Ana Luiza e Lorena Goretti

 

Enem falha pelo segundo ano consecutivo

Problemas nas provas prejudicam alunos mais uma vez

 

 

Protesto de estudantes contra os problemas do ENEM

 

 

Após o trauma do vazamento das provas do Enem no ano passado, o Ministério da Educação errou de novo no Enem 2010. Mesmo gastando R$ 182 milhões para garantir a segurança e a qualidade do exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) admitiu que cometeu uma falha simplória: enviou a matriz da folha de respostas para a gráfica com o cabeçalho invertido – um problema que afetou todos os 3,4 milhões de participantes do exame no país. Um outro equívoco cometido pela gráfica levou à distribuição de 21 mil cadernos de prova com questões a menos ou duplicadas. O edital de contratação da gráfica, de qualquer forma, previa uma fiscalização prévia do Inep, para detectar os erros antes do início do exame.

 

A juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, havia determinado a suspensão do Enem na semana passada. Mas o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, suspendeu a decisão da juíza.

 

Serão aplicadas novas provas apenas para os candidatos que receberam cadernos com erros de impressão – todos do modelo de cor amarela -, e não tiveram as provas substituídas a tempo.

 

Já foram identificados 2.817 estudantes nesta situação. Segundo o Inep (instituto responsável pelo Enem), o trabalho de análise das 116.626 atas dos locais de prova continua sendo feito. O instituto informou que os alunos identificados serão comunicados por e-mail, SMS ou telefone. Esses estudantes vão receber um novo cartão de confirmação de inscrição com o local onde devem se apresentar. O novo exame será aplicado no dia 15 de dezembro.

 

Há, ainda, a suspeita de vazamento do tema da redação. Veja aqui.

 

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